Semana 32 | Revista O Meu Bebé

Semana 32

Semana 32

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Já está na 32ª SEMANA 
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BEBÉ
Durante esta semana o seu bebé alcança entre 42 e 43cm. Se está a espera de um rapaz, os testículos, que já tinham começado a sua descida, chegam até ao escroto.

MAMÃ
O útero está cerca de 12cm acima do umbigo. O estômago, cada vez mais comprimido, irrita-se facilmente e, frequentemente, pode sofrer um incómodo ardor e azia.

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X PARTO X

10 dúvidas sobre o parto

Aproxima-se a data do parto e é natural surgirem muitas dúvidas. Respondemos às perguntas mais frequentes para que chegue ao momento de dar à luz bem informada e esclarecida.

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1 POSSO CONTAR COM A PRESENÇA DE UMA PESSOA QUERIDA ATÉ AO FIM?
Em quase todos os hospitais se prevê esta posibilidade, porém ainda não existem normas que garantam este direito. Como tal, o melhor é perguntar no hospital que escolheu para o parto qual é o protocolo.

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2 POSSO PERMANECER CONSCIENTE DURANTE A CESARIANA?
Claro que sim.
Hoje em dia já não se utiliza anestesia geral para efetuar a cesariana, exactamente para que mãe possa participar no acontecimento de modo consciente. O tipo de anestesia usado inibe a dor a nível periférico (epidural ou espinhal). Deste modo, o feto não recebe fármacos anestésicos antes de nascer, e a relação entre a mãe e o bebé também não é perturbada, com todas as vantagens que tal representa para o início da amamentação.

3 EM CASO DE CESARIANA DE URGÊNCIA O MEU COMPANHEIRO PODERÁ ESTAR PRESENTE?
Na maioria dos hospitais a resposta é “não”.
Apenas em alguns casos os pais podem entrar na sala de operações, tanto se a cesariana foi marcada como se foi decidida no último momento, não existindom contraindicações. No caso de uma intervenção de urgência, é diferente: por exemplo, se se verificar um sofrimento fetal agudo que exija uma intervenção o mais rapidamente possível.

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4 PODEREI COMER OU BEBER ENQUANTO DILATO?
Geralmente não. 
A restição de líquidos e sólidos durante o parto serve para prevenir o risco de aspiração gástrica no caso de ser necessária uma intervenção cirúrgica com anestesia geral. No entanto existem algumas diretrizes, como da Organização Mundial de Saúde, que aconselham oferecer líquidos por via oral durante o parto.

5 DURANTE O ESFORÇO DO PARTO É POSSÍVEL EXPULSAR FEZES?  
Sim, e não é um problema, nem sequer do ponto de vista higiénico. Durante muitos anos, no início do parto, administravam-se clisteres para reduzir a perda voluntária ou involuntária de fezes na mulher, assim como devido à crença que, deste modo, se proporcionava mais espaço para o bebé nascer. As recomendações mais recentes são de não utilizar clisteres como rotina.

6 É OBRIGATÓRIO PERMANECER NA MACA DURANTE A FASE DE EXPULSÃO?
Não, não é obrigatório, exceto se essa posição for necessária,
como no caso de uma episiotomia ou de ser necessário aplicar a ventosa. De modo genal, a futura mãr deveria ter a possibilidade de dar à luz na posição mais confortável para ela.

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7 POSSO PEDIR A EPIDURAL NO ÚLTIMO MOMENTO?
A parturiente pode solicitar a anestesia epidural a qualquer mo mento. O anestesista é quem o determina, tendo em conta o tempo estimado para o nascimento já que desde a administração da anestesia até a mãe notar o alívio da dor decorrem cerca de 30 minutos.

8 É POSSÍVEL TOMAR ALGUMA PRECAUÇÃO EFETIVA PARA TENTAR PREVENIR A EPISIOTOMIA?
Por vezes, a proteçã adequada do períneo e o controlo do esforço durante o parto
pode evitar el peligro de laceração. Nos últimos estudos baseados em provas científicas, recomenda-se que a episiotomía não se realize como rotina, mas apenas em casos de necessidade clínica, como no caso de parto instrumental ou suspeita de risco fetal.

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9 A MANOBRA DE KRISTELLER É DOLOROSA?
Esta manobra é desaconselhada pela Organização Mundial de Saúde e não deveria ser praticada. Consiste numa pressão efetuada pelo ginecologista com o braço sobre o fundo do útero quando se produz uma contração, para potenciar o esforço e facilitar a expulsão. Ainda se pratica mas deveria limitar-se a uma ou duas tentativas.

10 APÓS O NASCIMENTO, QUANTO TEMPO DEMORA A SAIR A PLACENTA? É DOLOROSO?
Entre 15-30 minutos depois do nascimento do bebé, a mulher sente novas contrações que provocam o desprendimento da placenta do útero e a sua expulsão. Os especialistas analizan a placenta para detectar se está inteira e para se certificarem de que não ficou qualquer fragmento na cavidade uterina. Se a placenta tiver sido expulsa de modo incompleto, retira-se manualmente. Após a expulsão, o útero contrai e adota uma forma esférica, chamada Globo de Segurança de Pinard, que serve para prevenir as hemorragias. Normalmente, depois da saída da placenta, é administrada oxitocina para facilitar a contração do útero.

X BEM-ESTAR X

Dar à luz a cantar

Sabia que a voz influencia a nossa mente e o nosso corpo, e que pode ajudá-la a dar à luz com mais serenidade, diminuindo a ansiedade e a dor? Conheça todos os benefícios desta técnica.

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1 EM QUE CONSISTE
> A técnica musical ajuda a alcançar um conhecimento mais profundo sobre nós próprios e favorece o equilíbrio entre o corpo e a mente, através do som, da música e do canto. O canto durante o parto é uma prática muito antiga e habitual em várias culturas asiáticas e africanas. A terapia musical, nascida em França nos anos 50, tem o apoio da neurofisiologia no conhecimento dos efeitos da música e do canto no nosso organismo.

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2 PARA QUE SERVE
> A música leva as futura mães a relaxar,
o que, por sua vez, as ajuda do ponto de vista físico na prepareção para o parto. Para além do facto de que o canto permite estabelecer um canal de comunicação direto com o bebé. A partir do quinto mês de gestação, o bebé pode escutar alguns ruídos, como o ritmo cardíaco da mãe e a sua voz. O som da música, e especialmente, das cantigas maternas, favorecem o desenvolvimento do sistema nervoso do bebé e fortalecem a vinculação afetiva com a mãe.

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3 VANTAGENS PARA O ORGANISMO
> Através do canto, a futura mãe aprende a controlar o diafragma,
a fina membrana muscular aderida às paredes internas do tórax, que separa os pulmões dos órgãos do abdómen e que, durante o parto, exerce pressão no útero. Se os músculos do períneo e do solo pélvico estiverem contraídos podem criar um obstáculo à expulsão do bebé durante o parto. Para que isto não aconteça, a futura mãe deve modular o tom de voz e relaxar os músculos da boca. Assim, conseguirá distender os músculos do períneo e do solo pélvico mais facilmente e através de um simples ato reflexo.

> Já durante a gravidez, exercitar o canto ajuda a futura mãe a corrigir as possíveis posições incorretas que podem provocar dor de costas. Sabia que para emitir corretamente a voz é necessário esticar a coluna vertebral?

4 BENEFÍCIOS PARA A MENTE
> A música cria um efeito relaxante, alivia a tensão e reduz o medo.
Para além de que o canto permite aflorar e expresar as preocupações, contribuindo para aliviar a ansiedade, inevitavelmente associada à proximidade do parto, e ganhar mais consciência e confiança nos seus próprios recursos. Durante o parto, a modulação rítmica de um som ajuda a mãe a concentrar-se naquilo que está a fazer, ou seja, nos esforços para a expulsão, e a não se deixar distrair e confundir pela dor.

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5 LIÇÃO PRÁTICA
A sessão de prepação para o parto dura cerca de duas horas e divide-se em três partes.

> A primeira é dedicada às experiências físicas e vocais: as futuras mães são convidadas a sentir a pressão do diafragma sobre o útero e como a mesma se modifica ao experimentar posições diferentes. Também se aprende a modular o tom de voz para favorecer a relaxação dos músculos do períneo.

> A segunda parte da sessão reserva-se para o diálogo entre as futuras mães, que podem expressar as suas emoções e partilhar experiências.

> Na terceira parte efetua-se uma autêntica simulação do parto: através de um musicoterapeuta, a futura mãe imagina que está perante o trabalho parto e aprende a controlar a respiração e a modular a voz para se adequar às contrações e aos esforços da expulsão.

6 A DURAÇÃO DO CURSO
> Habitualmente, os cursos são constituídos por dez sessões, nas quais deve participar ao longo de dois meses ou dois meses e meio. Em geral, os grupos compõem-se de mães que se encontram no terceiro trimestre de gestação, ainda que também se dão aulas às grávidas mais recentes. Neste caso, o objetivo não recai tanto sobre a prepação para o parto, mas sim em ajudar as mulheres a viver esta fase de um modo mais consciente.

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7 COMO SE APLICA
> Quando chega ao parto, a mãe pode pôr em prática o que aprendeu durante as simulações nas aulas.
O canto e a modulação da voz irão ajudá-la a controlar a respiração ea enfrentar as contrações. O canto também exerce uma ação analgésica no momento do parto, já que favorece a libertação de endorfinas, as substâncias produzidas pelo organismo para controlar a dor.

> Por outro lado, as vibrações da voz transmitidas ao abdómen atuam sobre as terminações nervosas e atenuam a percepção da dor. Neste sentido, vários estudos demostram que dar à luz a cantar reduz a duração média do parto.

8 PRÓS E CONTRAS
> A música e o canto relaxam a futura mãe e ajudam-na a reduzir a ansiedade e o medo do parto,
para além de permitirem viver a gravidez e o nascimento do bebé de um modo consciente.

> O exercício do canto ensina a controlar a respiração, a corrigir possíveis posições incorretas, a controlar o diafragma e a relaxar os músculos do períneo.

> Com o canto, as endorfinas são libertadas e durante o parto a dor vê-se reduzida. E, de um modo geral, o parto torna-se mais curto.

> No entanto, a dor não desaparece completamente, o canto apenas permite controlará-la, vivendo-a como uma experiência fisiológica. Algo a ter em conta é o facto de, hoje em dia, não ser fácil encontrar centros onde se deem cursos de prepação para o parto com música.

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9 EM CASA
> As sessões do curso são suficientes para preparar as futuras mães para o parto e, como tal, não precisa de fazer os exercícios em casa. Pelo contrário, é melhor evitar a repetição dos exercícios específicos do parto sem a asistência do monitor, pois o relaxamento profundo, induzido através desta prática, pode causar a redução da pressão arterial e también hipotonia muscular.

10 ADVERTÊNCIAS
> A terapia musical não tem contraindicações:
todas as mães se podem preparar para o parto com a ajuda da música e do canto, inclusive aquelas que sofrem de alguma doença. A única limitação diz respeito às futuras mães que sofrem de placenta prévia ou se encontram sob ameaça de parto prematuro, às quais o ginecologista recomendou repouso absoluto. Nestes casos, qualquer atividade física de prepação para o parto é contraindicada.


X SAÚDE X

Adeus à dor cervical!

Pescoço rígido, nuca dorida, dor de cabeça… Nota estes sintomas? Se sim, provavelmente sofre de dores cervicais, um problema que costuma surgir no fim da gravidez e é produzido pelas alterações pelas quais o corpo passa ao longo dos nove meses. Vejamos como o pode prevenir ou tratar através da osteopatia.

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Não são poucas as futuras mães que sofrem este problema ao longo da gravidez e, especialmente, durante os últimos meses: uma incómoda rigidez e uma dor aguda ao mover a cabeça, que pode inclusivamente transformar-se numa dor de cabeça contínua. Na maioria dos casos trata-se de una contractura benigna e passageira dos músculos do pescoço e dos ombros, que pode ocorrer por volta do sétimo mês da gravidez e durar até o bebé nascer.

> É devida a uma posição anómala da futura mãe, como consequência da mudança do centro de gravidade do organismo e do aumento do peso corporal. A postura adotada durante a gestação acentua as curvas da coluna vertebral e exerce uma sobrecarga no sistema ósseo, não apenas a nível das vértebras e do tórax, como também das cervicais.

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AS CAUSAS
Este problema manifesta-se de modo semelhante à artrose cervical e pode ocorrer por vários motivos.

> Durante a gestação, os tecidos do organismo, e portanto também os do pescoço, impregnam-se de água, tornando-se mais firmes e volumosos. Como consequência, os movimentos da cabeça podem sofrer uma redução da sua capacidade habitual.

> O aparecimento deste problema também pode ser devido ao maior esforço para respirar efetuado pela futura mãe. Ao crescer, a barriga comprime o diafragma, o músculo que permite a entrada e a saída do ar dos pulmões. Logo, para aumentar a expansão do tórax, são acionadas outras estruturas complementares da respiração (como os músculos escalenos, que abarcam as partes laterais das vértebras com a primeira e a segunda costela). Estas estruturas, ao não desempenharem esta função habitualmente, podem provocar rigidez e um incómodo enfraquecimento do pescoço.

> A dor cervical também pode ser causada, indiretamente, pelo próprio crescimento do feto, que pressiona o fígado, o intestino e o estômago. É como se os órgãos abdominais, ao estarem comprimidos, comunicassem o seu incómodo a algumas zonas cerebrais que, em resposta, induzem à sua adaptação e a modificar, ainda que ligeiramente, a sua posição. Esta modificação, mesmo sendo mínima, pode condicionar o tónus dos músculos que partem de todas as vértebras da coluna e, como consequência, pode surgir tensão, entre outros, a nível da estrutura cervical.

É PRECISO ANTECIPAR-SE
As futuras mães podem prevenir este incómodo tentando não aumentar de peso mais do que 9-12Kg ao longo de toda a gravidez, tendo atenção à sua alimentação e praticando um pouco de exercício.

> A alimentação deve ser equilibrada: não deve haver excessos com os hidratos de carbono e deve tomar proteínas diariamente, ao almoço e ao jantar.

> Ir à piscina, por exemplo, é muito saudável, não apenas para praticar natação (o desporto mais indicado para conceder elasticidade aos músculos e aos tendões), mas também pode flutuar, o que constitui uma pausa regeneradora para a coluna vertebral: um momento para se relaxar e aliviar a sensação de peso causada pela barriga.

> Em casa também é possível fazer alguns exercícios que favorecem a mobilidade das vértebras cervicais, como flexões do pescoço e rotações largas das articulações dos ombros. Deve fazer estes exercícios sempre lentamente, aproximando o queixo do esterno e sem fletir a nuca para trás, com o objetivo de alongar a musculatura do pescoço.

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BENEFÍCIOS DA OSTEOPATIA
Um tratamento de osteopatia pode fornecer bons resultados: esta é uma aproximação suave que respeita a coluna vertebral sem envolver diretamente as vértebras que é necessário desbloquear. Para conseguir atingir o objetivo, o trabalho de manipulação é efetuado na musculatura.

Em determinados pontos, o especialista exerce uma série de pressões ativas, ainda que ligeiras, que aumentam o tónus muscular de uma zona do pescoço ou dos ombros, e que devolvem o movimento às vértebras bloqueadas.

Se, por exemplo, a futura mãe tem uma boa rotação do pescoço para a direita mas não para a esquerda, o osteopata rodará a cabeça em direção à qual o bloqueio se encontra (ou seja, para a esquerda), até ao limite a partir do qual o movimento é doloroso. O técnico irá manter a cabeça firme e pedirá à mãe que empurre ligeiramente para a direita. Assim, estas pequenas e concretas contrações atuam nas vértebras cervicais afetadas, desbloqueando-as rapidamente e permitindo que a cabeça recupere a rotação de 180º.

> O osteopata também pode pressionar suavemente os tecidos da coluna com as mãos, concretamente sobre os músculos na base da coluna e em direção aos ombros, para mobilizar as vértebras cervicais. Também pode efetuar pressões sobre o tórax, especialmente sobre o diafragma e as costelas. O objetivo é compensar a rigidez destas estruturas (devida a uma maior dificuldade em inspirar), estimular o relaxamento e favorecer, indiretamente, o desaparecimento de possíveis bloqueios das cervicais.

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Estratégias para combater o inchaço

É inevitável, nesta fase, sentir-se mais inchada e pesada do que o habitual. A retenção de líquidos é um fenómeno frequente na gravidez que pode ser minimizado através da alimentação e da atividade física.

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Pernas um pouco inchadas e doridas, pés que dificilmente entram nos sapatos, feições ligeiramente arredondadas e uma sensação de peso generalizada. Ao longo dos meses, o aumento de peso é causado pelo crescimento do bebé e da placenta, mas não só: todo o organismo se adapta à nova condição, acumulando gordura e água. O líquido retido nos tecidos provoca incómodo e um pouco estético inchaço.

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AS CAUSAS
> Durante a gravidez, a futura mãe ganha uma média de 12Kg. Trata-se, sobretudo, de água, o principal componente dos nossos tecidos.
Durante os nove meses, o organismo feminino retém entre seis a nove litros de água; uma parte junta-se ao líquido amniótico e ao volume do sangue, enquanto que outra se acumula nos espaços intercelulares e no interior das células.

> Ao mesmo tempo, as hormonas da gravidez reduzem o tónus das paredes vasculares. O sangue que chega à periferia do corpo tem dificuldade em retroceder e estanca, gerando o inchaço das extremidades.

> A circulação nas extremidades inferiores vê-se travada pela pressão do útero nos vasos da pélvis. As pernas tornam-se mais pesadas e tendem a sentir-se adormecidas.

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UM INCÓMODO OU UM PROBLEMA?
Na maior parte dos casos, a retenção de água é uma questão fisiológica que não a deve preocupar. No entanto, há circunstâncias que requerem controlo médico.

> Um grande e repentino aumento de peso, com um incremento de 4-5Kg num mês, pode ser sintoma de diabetes gestacional. Neste caso, é conveniente que a mãe faça o exame de controlo da curva glicémica.

> Se o inchaço for excessivo e acompanhado por uma pressão sanguínea mais alta do que o normal, indica que os tecidos periféricos absorveram demasiados líquidos, que o volume do sangue se reduziu e que o coração tem dificuldade para bombear esse mesmo sangue. Aqui, existe o risco de que a placenta e o bebé não recebam o alimento adequado e, como tal, é necessário intervir corrigindo a dieta.

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UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
Para reduzir os efeitos da retenção de líquidos e prevenir problemas mais sérios, é preciso seguir uma alimentação equilibrada. A futura mãe não tem porque comer por dois, nem passar por uma dieta hipocalórica para perder peso. A alimentação deve ser completa e variada.

> O sal, que em quantidades excessivas facilita a retenção de líquidos, não deve ser completamente eliminado da alimentação mas sim consumido na medida adequada. Na média, a necessidade diária de sal é de 4 gramas. No entanto, as mulheres grávidas costumam consumir entre 8 a 10 gramas diários.

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Em forma com Pilates!

Trata-se de um método que permite adquirir maior controlo sobre o corpo, o que é extremamente útil durante a gravidez e no momento do parto. Explicamos-lhe todos os seus benefícios.

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Poderíamos definir o Pilates como um método de conhecimento corporal, já que ensina a coordenar o corpo e a mente para ter consciência da função dos músculos nos movimentos, e para adquirir uma posição correta e manter o equilíbrio físico.

> Com o método Pilates, as diferentes partes do corpo habituam-se a trabalhar em sinergia, treinando especialmente a musculatura abdominal profunda, da qual, habitualmente, não somos conscientes, e que é fundamental para manter o equilíbrio do corpo e suportar a coluna vertebral.

> Neste tipo de treino, a função da mente é extremamente importante: concentrando-se apenas no movimento que está a efetuar, consegue-se utilizar a musculatura correta de modo exato sem cansar inutilmente os outros músculos e sem risco de causar lesões. Uma vez aprendido o método, pode praticá-lo diariamente e cada movimento será mais natural e fluido.

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UMA AJUDA PARA AS COSTAS
> Praticar Pilates é bom em qualquer momento da vida, mas sobretudo quando esperamos um bebé.
Durante a gravidez o corpo modifica-se, o aumento de peso da barriga leva o eixo do corpo para a frente, obrigando a mulher a alterar, pouco a pouco, a sua postura. A consequência é uma sobrecarga dos músculos da zona lombar, que se vêem obrigados a contrair para conceder estabilidade à pélvis e, como consequência, causando dor de costas. Também no decorrer dos nove meses, aumenta a produção da hormona relaxina, cuja função é relaxar os ligamentos da pélvis para permitir mais espaço ao bebé, mas que também implica um relaxamento geral dos músculos e das articulações que, como resultado, são menos estáveis. Fortalecer corretamente a musculatura e aprender a distribuir o peso equilibradamente melhora a capacidade de adaptação do corpo às contínuas alterações, para além de ajudar a prevenir dores e lesões. Mais ainda, ao potenciar concretamente os músculos profundos do abdómen, reduz-se a pressão sobre as articulações, os ossos e as costas. Resumindo: cada músculo realiza o seu trabalho de forma eficaz, sem o descarregar em outras zonas do corpo.

> Ganhar controlo sobre o corpo é extremamente útil no momento do parto, já que a mulher é capaz de se concentrar nos seus movimentos; sabe quais os músculos a usar em cada situação, onde contrair e onde relaxar para facilitar a saída do bebé sem cansar o organismo mais do que o necessário.
O Pilates também pode continuar a ser praticado depois do parto (uma vez decorridos os 40 dias do puerpério) com o objetivo de devolver a elasticidade aos tecidos e recuperar o tónus muscular.

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EXERCÍCIOS PARA FAZER EM CASA
> Para aprender o método Pilates, o ideal seria que participasse num curso específico para a gravidez.
As aulas costumam ser individuais, mas também se fazem em pequenos grupos de cinco pessoas, no máximo, para que o monitor possa verificar a execução correta dos exercícios. É precisamente porque se trata de fazer trabalhar os músculos mais profundos que a probabilidade de erro é muito alta, e é importante que exista um controlo contínuo do monitor, que poderá aconselhar os movimentos mais indicados de acordo com o tempo de gestação.

> O Pilates pode ser praticado durante toda a gravidez. Porém, por uma questão de precaução, é aconselhável esperar até ao fim do primeiro trimestre, especialmente se não está em forma. Depois, a atividade pode ser retomada, com as devidas adaptações, até ao último mês.

> Normalmente, os exercícios são feitos com a ajuda de vários instrumentos inventados por Joseph Pilates, mas há muitos exercícios que podem ser praticados de pé, de gatas, ou deitada de lado, e que não necessitam a utilização de qualquer acessório. Exemplos? Apresentamos-lhe uma série de exercícios muito simples, que podem facilmente ser praticados em casa.

1 DE PÉ, com as pernas um pouco afastadas, desloque o peso do corpo lentamente de um pé para o outro sem os levantar do chão e mantendo a posição durante uns segundos. Para ter mais segurança, faça o exercício perto de um ponto de apoio. Este é um exercício de equilíbrio, que ativa os abdominais no seu papel de “estabilizadores”.

2 SENTADA NUMA CADEIRA, imagine que possui um “fecho de correr interno” que deve deslizar para cima, pouco a pouco, desde a púbis até ao umbigo, apenas com a força dos músculos. Repita lentamente o exercício dez vezes, relaxando os músculos entre uma repetição e a seguinte. É um fantástico exercício para fortalecer o solo pélvico e concentrar-se na musculatura abdominal profunda.

3 DE GATAS, estenda o braço direito e a perna esquerda ao mesmo tempo, tentando mantê-los alinhados com o tronco e mantendo os abdominais contraídos para evitar forçar as costas. Continue nessa posição durante uns segundos e, depois, alterne as extremidades. Repita dez vezes de cada lado. Este exercício serve para potenciar a sensação de equilíbrio, fortalecer os músculos abdominais e alongar a coluna vertebral.

4 NA MESMA POSIÇÃO, inspire e “ponha” o umbigo para dentro, de modo a que a pélvis e os ombros se aproximem. Depois, expire voltando à posição inicial. Trata-se de um exercício de alongamento dos músculos lombares e que potencia os abdominais.

5 SENTADA NUMA BOLA GRANDE de fitness, faça alguns movimentos circulares com a pélvis: primeiro no sentido dos ponteiros do relógio e depois no sentido contrário. É bom para melhorar a mobilidade da pélvis e da coluna, para desenvolver o sentido de equilíbrio e ainda (porque não?) para embalar o bebé.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem

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